domingo, 18 de maio de 2014

Autismo na visão do espírita

DIA DO AUTISMO (NO PLANETA):   02 DE ABRIL
 
Sempre me vem como recorrente o pensamento sobre os autistas. Os diversos graus. E encontrei um  artigo sobre o assunto no link


(www.e-bookspdf.org/download/autismo-uma-leitura-espiritual-pdf.html), do qual retiro parte e posto aqui, mas ele,  em poucas palavras, traz conteúdo precioso para aquele que recebeu em seu lar um irmão que está como autista nesta passagem pelo planeta.


É preciso lembrar que os Espíritos se reúnem em "família espiritual" e são incontáveis os que a compõem porque como ensina o Livro dos Espíritos, dificilmente a primeira encarnação ocorre no planeta terra. Por mais duvidoso que nos pareça esta afirmação, realmente há mundos mais primitivos que o nosso.


Allan Kardec, em "A Gênese", no capítulo VIII - Alma da Terra discorrendo sobre o papel que a alma da terra desempenhou na teoria da incrustação menciona que o "desenvolvimento orgânico está sempre em relação com o desenvolvimento do princípio espiritual." O organismo se completa à medida que se multiplicam as faculdades da alma. Diz que a escala orgânica acompanha constantemente, em todos os seres, a progressão da inteligência, desde o pólipo até o homem, e não podia ser de outro modo, pois que a alma precisa de um instrumento apropriado à importância das funções que lhe compete desempenhar. "De que serviria à ostra possuir a inteligência do macaco, sem os órgãos necessários à sua manifestação?"


Assim, meus irmãos, as razões que levam o Espírito encarnar na condição de autista são muitas.
Deus está no comando e é Êle que tem justiça perfeita e que visa unicamente o progresso da individualidade, mas em muitas ocasiões - e não são poucas - Espíritos que fazem parte da família espiritual de um determinado grupo encarnado combinam vir com deficiência qualquer - seja física ou mental - com a finalidade exclusiva de auxiliar aqueles que necessitam praticar as leis do amor. E uma dessas variações que requerem muita dedicação e amor é a presença de um irmão autista no lar. Autismo há em variados graus e inclusive não catalogados por nossa ciência. Um filho não é igual ao outro, mesmo quando são gêmeos.


Devido ao fato de que a atribuição de um Espírito a um corpo em formação no plano físico seja de competência exclusiva dos irmãos no plano extrafísico, é seguro afirmar que nem mesmo a clonagem de um humano perfeito, sadio física e mentalmente, pode garantir que o Espírito reencarnante será cópia perfeita do clonado. O comportamento dependerá do conteúdo gravado na intimidade do Espírito reencarnante.


Chico Xavier nos deixou importantes informações acerca do comportamento do autista. Estou colando aqui trecho do artigo contido no link que mencionei no início desta postagem. São informações preciosas para todos nós. Essa informação de Kardec, no capítulo VIII d ' A Gênese", embora básica, para o Espírita, que sabe que o comando da individualidade encarnada ESTÁ FORA DO CORPO FÍSICO; que sabe que a mente trabalha o corpo perispiritual e que este último é quem comanda o corpo físico desde sua formação, em troca contínua e incessante desde a formação intrauterina, é de importância fundamental para que se estabeleça a fixação do autista no meio em que está.

Jesus - está em Mateus, capitulo VI versículo 21 " Porque, onde estiver o teu tesouro, ali estará também o teu coração"

Portanto, o comportamento é mais ou menos parecido com o da oração: nós rezamos e o pai escuta.
Nós falamos e o autista assimila.


XI - Algumas palavras de Chico Xavier e Divaldo Franco

Este fato foi narrado pelo médium uberabense Carlos Baccelli no seu livro “Chico Xavier, à sombra do abacateiro”:

”Certa vez, um casal aproximou-se de Chico, o pai sustentando uma criança de ano e meio nos braços, acompanhando por distinto médico espírita de Uberaba. A mãe permaneceu a meia distância, em mutismo total, embora com alguma aflição no semblante. O médico, adiantando-se, explicou o caso ao Chico:

- A criança, desde que nasceu, sofre sucessivas convulsões, tendo que ficar sob o controle de medicamento, permanecendo dormindo a maior parte do tempo, em conseqüência, mal consegue engatinhar e não fala.

Após dialogarem durante alguns minutos, Chico perguntou ao nosso confrade a que diagnostico havia chegado.

- Para mim, trata-se de um caso de AUTISMO – respondeu ele.

O Chico disse que o diagnostico lhe parecia bastante acertado, mas que convinha diminuir o anti-convulsivo mesmo que tal medida, a principio, intensificasse os ataques. Explicou, detalhadamente, as contra indicações do medicamento no organismo infantil. Recomendou passes.

- Vamos orar- concluiu.


O casal saiu visivelmente mais confortado, mas, segurando o braço do médico nosso confrade, Chico explicou a todos que estávamos ali mais próximos:


- “o AUTISMO”, é um caso muito sério, podendo ser considerado uma verdadeira calamidade. Tanto envolve crianças quanto adultos...

E o Chico falou ao médico:


- É preciso que os pais dessa criança conversem muito com ela, principalmente a mãe. É necessário chamar o espírito para o corpo. Se não agirmos assim, muitos espíritos não permaneceram na carne, porque a reencarnação para eles é muito dolorosa. O espírito daquela criança sacudia o corpo que convulsionava, na ânsia de libertar-se (desencarnar)... Sem dúvida, era preciso convencer o Espírito a ficar. Tentar dizer-lhe que a Terra não é cruel assim... Que precisamos trabalhar pela melhoria do homem.”

Para completar o que foi exposto acima, segue a seguinte observação do médium baiano Divaldo Franco sobre o Autismo:

“Precisamos considerar que somos herdeiros dos próprios atos. Em cada encarnação adicionamos conquistas ou prejuízos a nossa contabilidade evolutiva e, em determinados momentos, ao contrairmos débitos mais sérios, reencarnamos para ressarci-los sob a injunção dolorosa de fenômenos expiatórios, tais os estados esquizóides e suas manifestações várias. Dentre eles, um dos mais cruéis é o AUTISMO. (...) Assim, retornam a Terra escondendo-se da consciência nas várias patologias dos fenômenos esquizofrênicos. Os pais devem esperar a criança dormir e conversar com ela. Pois a conversa é captada pelo inconsciente (Espírito). Fale devagar, pausadamente: “Estamos contentes por você estar entre nós. Você tem muito que fazer na Terra. Você vai ser feliz nesta vida. Nós te amamos muito”.


XII - Qual a finalidade da reencarnação? Uma explicação para o Autismo

Em “O Livro dos Espíritos”, na pergunta 132: “Qual a finalidade da encarnação dos Espíritos?”. Eis a resposta dada a Allan Kardec:


“Deus a impõe com o fim de levá-los à perfeição: para uns, é uma expiação; para outros uma missão.

Mas, para chegar a essa perfeição, eles devem sofrer todas as vicissitude da existência corpórea: nisto é que está a expiação. A encarnação tem ainda outra finalidade, que é a de pôr o Espírito em condições de enfrentar a sua parte na obra da Criação. É para executá-la que ele toma um aparelho em cada mundo, em harmonia com a matéria essencial do mesmo, a fim de nele cumprir, daquele ponto de vista, as ordens de Deus. E dessa maneira, concorrendo para a obra geral, também progride.”

O Espírito de Bezerra de Menezes, através do médium Divaldo Franco no livro “Loucura e Obsessão”: “... muitos espíritos buscam na alienação mental, através do autismo, fugir do resgate de suas faltas passadas, das lembranças que os atormentam e das vítimas que angariaram nesse mesmo pretérito”.


A Dra Helen Wambach, Phd em psicologia, em seu livro “Life Before Life”, editado na década de 70 afirma que “... o autismo poderia ser o resultante de uma atitude de rejeição à reencarnação, ou seja, à vida.”


Para complementar o que da Dra Helen Wambach mencionou acima, encontramos no excelente livro de Hermínio C. Miranda, "Autismo: Uma leitura espiritual”, onde muitas vezes o Espírito se recusa a reencarnar, podendo ocorrer a reencarnação contra a sua vontade, de uma maneira compulsória:
“Digamos que a entidade espiritual, movida por motivações que só ela pode explicar, decida com firme determinação não mais reencarnar-se, mas, de repente, se veja ante a contingência incontornável de fazê-lo. A pessoa não familiarizada com certas sutilezas da realidade espiritual ficaria surpresa ao saber que algumas reencarnações podem ocorrer por forte pressão persuasiva ou até mesmo beirando a compulsoriedade. De qualquer modo, aquela específica entidade não deseja reencarnar-se ou, pelo menos, não queria fazê-lo senão mais adiante, se possível, nunca mais. Seja porque antecipa para a nova existência muitos problemas graves a enfrentar, seja porque não deseja renascer no contexto para o qual está sendo programada ou simplesmente porque não deseja mergulhar novamente nas limitações e desconfortos de um novo corpo físico. Qual seria a atitude dessa pessoa, uma vez aprisionada pela armadilha da gestação? Em primeiro lugar, o desinteresse, não tanto na elaboração de um corpo físico saudável, mesmo porque as crianças autistas costumam ser de boa aparência física e até bonitas. O problema principal está na mente, ou seja, na interação espírito/matéria. Por alguma razão oculta, pessoal, aquela gente, junto da qual está programada para viver não o interessa, nem o mundo com seus tolos e ilusórios atrativos, ou suas dores, canseiras e limitações. Em casos dessa natureza, quanto mais rudimentar e precário o sistema de comunicação com o ambiente, melhor – menor será o envolvimento.”


A função dos pais é ajudar a construir uma ponte que leva o despertar deste ente querido para este nosso mundo. Esta ponte deve ser feita com muito AMOR, muita PACIÊNCIA e NUNCA DESISTIR diante dos fracassos temporários. Precisa ser mostrado que esta criança é bem vinda e será muito amada, que todos vão lhe ajudar no que for preciso para o seu sucesso e evolução.

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E incluo este  importante trabalho de Carlos Eduardo Sobreira Maciel:

Autismo, Neurônios-espelho e Marcas Espirituais


Trabalho apresentado no MEDINESP, Congresso Médico-Espírita Nacional e Internacional, realizado em junho de 2007, São Paulo, SP.
 (Carlos Eduardo Sobreira Maciel – carlos.amemg@hotmail.com )
0 – Introdução:

Estamos há 150 anos buscando uma integração cérebro-mente –espírito e ao analisarmos a história das descobertas e avanços científicos percebemos que ela é permeada por acidentes e coincidências inacreditáveis, o que nos revela que não estamos sós nesta jornada.
No que se refere ao autismo, temos bons exemplos disto: dois homens em lugares distintos, numa mesma época, sem se comunicarem, dão o mesmo nome à doença e 50 anos depois as células doentes do autismo são descobertas acidentalmente…


I – História:
Na década de 40, dois médicos, o psiquiatra americano Leo Kanner e o pediatra austríaco Hans Asperger, descobriram o distúrbio de desenvolvimento que afeta milhares de crianças em todo o mundo. Foi uma descoberta isolada – nenhum dos dois sabia o que o outro pesquisava, e ambos deram o mesmo nome à síndrome: Autismo. Foi considerada uma “coincidência inacreditável”, mas fica claro que houve uma intervenção do plano espiritual ao nos convidar para dar mais atenção àquelas crianças e ampara-las no seu sofrimento.
A palavra autismo vem do grego autos, que significa “de si mesmo”. O nome é perfeito. O traço mais flagrante da doença é o isolamento do mundo exterior, com a conseqüente perda de interação social. Em vez de dedicar-se à exploração do mundo exterior, como acontece normalmente, a criança autista permanece dentro das fronteiras de seu próprio universo pessoal.


II – Conceito, quadro clínico e epidemiologia:
Segundo a OMS, o autismo é um transtorno invasivo do desenvolvimento, definido pela presença de desenvolvimento anormal que se manifesta antes da idade de 3 anos e pelo funcionamento anormal em três áreas: interação social, comunicação e comportamento restrito e repetitivo.
O comprometimento da interação social é observado na falta de empatia, na falta de resposta às emoções de outras pessoas e no retraimento social.

Já o comprometimento da comunicação é percebido na falta de uso social da linguagem, na falta de linguagem não-verbal, na pobreza de expressão verbal e no comprometimento em jogos de imitação.

O autista também apresenta um comportamento restrito e repetitivo, o que pode ser observado através de estereotipias motoras e preocupações estereotipadas com datas, horários e itinerários.

Podem também existir sintomas inespecíficos como fobias, auto-agressão, ataques de birra e distúrbios alimentares.

Há deficiência mental em cerca de ¾ dos casos, embora todos os níveis de Q.I. possam ocorrer em associação com o autismo. Às vezes há capacidade prodigiosa para funções como memorização, cálculo e música.

Segundo recentes publicações da Revista Brasileira de Psiquiatria, publicação da ABP, alguns autores sugerem que o diagnóstico já pode ser estabelecido por volta dos 18 meses de idade. Outras informações epidemiológicas mostram que há de 1a 5 casos em cada 10.000 crianças e que a doença ocorre em meninos 2 a 3 vezes mais do que em meninas.


III – Causas:
A maioria dos casos de autismo tem causa desconhecida. Alguns casos são presumivelmente decorrentes de alguma condição médica das quais infecções intra-uterinas (como a rubéola congênita), doenças genéticas (como a síndrome do x frágil) e ingestão de álcool durante a gravidez (provocando a síndrome fetal alcoólica) estão entre as mais comuns.


IV – Neurônios-espelho:
Descobertas científicas recentes apontam para um defeito nos neurônios-espelho como causa do autismo. Estes neurônios são um subconjunto de células que refletem no cérebro do observador os atos realizados por outro indivíduo (se eu pego um objeto, alguns neurônios são ativados em meu cérebro; se eu observo o indivíduo pegando o objeto, os mesmos neurônios são ativados em meu cérebro como se eu estivesse pegando o objeto).

Os neurônios-espelho foram descobertos, acidentalmente, no início da década de 90 por pesquisadores italianos da Universidade de Parma, que estudavam um determinado tipo de neurônio motor de macacos. Este neurônio disparava quando o macaquinho pegava uma fruta e para surpresa de todos, disparou também quando ele observou um dos pesquisadores pegar a fruta, como se ele mesmo estivesse pegando-a para comer.

Uma série de experimentos realizados posteriormente demonstrou a existência destes neurônios no cérebro humano. Portanto podemos dizer que através dos neurônios-espelho, nós podemos compreender “visceralmente” um ato observado. Nós sentimos a experiência vivida por outro em nossas mentes. Mas não é só esta a função destes neurônios.

Diversos estudos realizados nas Universidades da Califórnia e College de Londres e no centro de Pesquisa Jülich, na Alemanha, demonstraram as funções de reconhecimento de intenções dos atos, de emoções vividas por outra pessoa (então se uma pessoa te diz: “eu sei o que você está sentindo”, talvez ela não saiba o quanto esta frase é verdadeira) e o importante papel de aprendizado por imitação de novas habilidades, como a linguagem por exemplo.

A partir do final da década de 90, pesquisadores da Universidade da Califórnia se empenharam em determinar uma possível conexão entre neurônios-espelho e autismo, já que ficou demonstrada a associação entre essas células e empatia, percepção dos atos e intenções alheios e aprendizado da linguagem, funções deficientes nos autistas.


V – O sistema espelho “quebrado”:
E realmente, estudos realizados na Universidade de Saint Andrews, na Escócia, Universidade de tecnologia de Helsinque, na Finlândia, além dos estudos na Universidade da Califórnia, provaram que a atividade dos neurônios-espelho dos autistas é reduzida em diversas áreas cerebrais:
- No córtex cingulado anterior e insular, o que pode explicar a ausência de empatia;
- No córtex pré-motor, o que pode explicar a sua dificuldade de perceber atos alheios;
- E no giro angular, explicando problemas na linguagem.


VI – Marcas espirituais – patogênese remota:
Apesar dos avanços científicos, o autismo permanece um mistério, um desafio, um enigma que só se revelará mais claramente ao nosso entendimento a partir da introdução da realidade espiritual.

Já se sabe que disfunções neurológicas (como as disfunções dos neurônios-espelho) produzem repercussões de natureza autística, mas continuaremos com a pergunta maior: que causas produzem as disfunções neurológicas? Se a responsabilidade for atribuída aos genes, a pergunta se desloca e se reformula assim: que causas produzem desarranjos nos complexos encaixes genéticos?

Segundo a literatura médico-espírita e orientações mediúnicas recebidas no GEEP da Associação, o autismo como outros graves distúrbios mentais (psicoses por ex.) resulta de graves desvios de comportamento no passado, de choques frontais com as leis que regem o universo. Então, o que antecede à predisposição genética e às disfunções neurológicas são as graves faltas pretéritas.

Entre o passado de faltas e as presentes alterações genéticas, neurológicas e mentais do autismo encontramos uma ponte que liga estes dois momentos distintos. Esta ponte é o próprio processo de reencarnação. Aqui se encontra a formação do autismo. Há duas possibilidades ou vias de ligação:

1a O reencarnante com profundas lesões perispirituais produzindo alterações neurológicas e a conseqüente formação do autismo.

2a O reencarnante rejeita a reencarnação levando à formação do autismo.

Na 1a possibilidade, a consciência do reencarnante marcada pela culpa, acarretou severos danos no perispírito e conseqüentes lesões no SNC. Há uma incapacidade de organizar um corpo sadio na atual encarnação. Neste caso a entidade espiritual fica aprisionada no corpo deficiente, sem conseguir estabelecer comunicação. Esta possibilidade ou via de formação do autismo é defendida por alguns estudiosos que acreditam que certos autistas, constituem angustiantes tentativas de se entender com o mundo externo. Há casos de autistas que alcançaram certa melhora e relataram que muitas vezes entendiam o que as pessoas lhe diziam, mas não sabiam como responder verbalmente. Recorriam, por isto, aos gritos e ao agitar das mãos, único mecanismo de comunicação que dispunham.

Na outra possibilidade, via ou ponte de ligação entre passado de faltas e autismo, temos o indivíduo com a consciência marcada pela culpa, temendo colher os frutos em uma nova existência compulsória, rejeitando a reencarnação, provocando autismo. No livro “Loucura e obsessão”, de Manoel Philomeno de Miranda, temos a confirmação da hipótese de rejeição à reencarnação. Nos capítulos 7 e 18, o Dr. Bezerra de Menezes explica que o indivíduo com a consciência culpada é reconduzido à reencarnação e acaba buscando o encarceramento orgânico para fugir sem resgatar as graves faltas do passado. Trata-se de um vigoroso processo de auto-obsessão, por abandono consciente da vida. Conclui dizendo que muitos espíritos buscam na alienação mental, através do autismo, fugir às suas vítimas e apagar as lembranças que o atormentam.


VII - Marcas espirituais – os sintomas:
Considerando a possibilidade de rejeição à reencarnação podemos fazer uma nova leitura dos sintomas autísticos. Começando pelo isolamento, sinal de que o autista não admite invasões em seu mundo; como porém, a participação mínima do lado de cá da vida é inevitável, sua manifestação se reduz a alguns movimentos repetitivos como agitar as mãos, girar indefinidamente um prato ou a roda de um brinquedo, qualquer coisa enfim, que mantenha a mente ocupada com rotinas irrelevantes que o livrem do convívio entre as pessoas.
Uma explicação possível para o sintoma autista de girar sobre si mesmo, seria a produção de tonteira através da rotação, provocando um passageiro desdobramento entre perispírito e corpo físico, livrando a criança, momentaneamente, da prisão celular.

As crianças autistas muitas vezes manifestam rejeição a alguma parte do corpo, através de auto-agressão. Isso pode ser um sinal de rejeição à própria personalidade.

Quanto à relação ambígua consigo mesma, manifestada pela troca dos pronomes pessoais (referindo-se a si mesma como “tu” e ao outro como “eu”), podemos pensar na possibilidade de obsessão espiritual, já que com os desacertos do passado, muitos são os desafetos.
Uma análise mais profunda da disfunção da linguagem, pode ser feita a partir da hipótese proposta por Hermínio Miranda em seus livros “A alquimia da mente” e “Autismo, uma leitura espiritual”. Segundo o autor, normalmente ao reencarnar, o espírito se instala à direita do cérebro e por 2 ou 3 anos passa para o hemisfério esquerdo a programação da personalidade daquela encarnação. Neste período é formado o mecanismo da linguagem. No caso do autismo o espírito permanece –autísticamente- no lado direito, área não-verbal do cérebro, sem participar deste processo. É natural que este ser que vem compulsoriamente, sem interesses em envolver-se com as pessoas e o mundo, torne o seu sistema de comunicação com o ambiente, o mais rudimentar e precário possível. Encontramos informações que reforçam esta hipótese:

-1a sabe-se que o corpo caloso, estrutura que liga os dois hemisférios cerebrais, não desempenha durante os primeiros 2 ou 3 anos de vida, a função de separar faculdades dos dois hemisférios.

-2a a partir do segundo ou terceiro ano de vida é que o hemisfério esquerdo assume a linguagem.

-3a o autismo eclode até o terceiro ano de vida quando se percebe uma interrupção do desenvolvimento da linguagem.

Parece então que até os 2-3 anos as crianças vão se comunicando através dos 2 hemisférios, e a partir de então só se comunica quem tiver implantado no h.esquerdo esta função, o que não acontece com o autista.



VIII – Tratamentos:
O autismo é um quadro de extrema complexidade que exige abordagens multidisciplinares, visando a questão educacional e da socialização, assim como o tratamento médico.
O tratamento médico é realizado com medicamentos para reduzir sintomas como agitação e agressividade.

É importante dizer que pesquisas têm sido dirigidas no sentido de se encontrar medicamentos que estimulem a liberação de neurotransmissores específicos ou reproduzam os seus efeitos. Neurotransmissores que sejam responsáveis pelo funcionamento químico dos neurônios-espelho.
Do ponto de vista do espírito, por mais paradoxal que possa parecer, o remédio para o autismo é o próprio autismo como forma de drenagem perispiritual.


IX – Prognóstico:
Alguns pacientes autistas conseguem alcançar um certo nível de autonomia. A literatura mostra que alguns fatores estão ligados a um melhor prognóstico:

1- Significativa destreza verbal adquirida antes de instalada a doença.
2- Diagnóstico precoce e concentração de esforços tão cedo quanto possível. Tratamento e terapia devem ser iniciados quando a anormalidade é observada na criança pela 1a vez.


X – Conclusão:
Na certeza de que a diferença mais importante entre nós e nossos pacientes está em um pouco mais de boa vontade de nossa parte, e isto foi dito mais de uma vez pelo nossos mentores, cito mais uma vez o sr Hermínio Miranda para concluir este trabalho.

É necessário construir uma ponte para ligar o mundo externo ao mundo íntimo do paciente. É importante que não nos comportemos de forma autística, nos fechando nos nossos mundos de clichês, cheios de padrões, desinteressados em andar metade do caminho, na direção do paciente.
Uma possibilidade é tentar interpretar os seus sinais não-verbais. É bem verdade que não há muitas palavras no dicionário deles, mas a linguagem universal do amor também é não-verbal. Para se expressar através dela, há os gestos, a vibração sutil da emoção, da solidariedade, da paciência, da aceitação da pessoa como ela é, não como queremos que ela seja.

Se estivéssemos no lugar deles, como gostaríamos de ser tratados? É presumível que eles estejam fazendo tudo que lhes seja possível, dentro de suas limitações. Com um pouco de boa vontade de nossa parte, talvez concordem em tocar a mão que lhe estejamos oferecendo a fim de saltarem o abismo que nos separa!

XI – Referências bibliográficas:
1- Revista Scientific American
2- Revista Brasileira de Psiquiatria
3- CID 10
4- Autismo, uma leitura espiritual – Herminio Miranda
5- Alquimia da Mente – Herminio Miranda
6- Orientações mediúnicas, Grupo de Estudos de Espiritismo e Psiquiatria da AMEMG


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E em março de 2018, o Estadão publicou a notícia que transcrevo a partir daqui:   

Estudos da farmacêutica Roche não prometem cura, mas revelam novas estratégias de tratamento associados às terapias comportamentais já indicadas
Adriana Ferraz e Fabiana Cambricoli, O Estado de São Paulo
25 Março 2018 | 03h00
Brincar com colegas ou passear em locais públicos com a família nem sempre são fontes de diversão para Teodoro, de 9 anos. Se algo não sai como esperado ou foge da rotina, a reação pode ser explosiva, com atitudes agressivas e berros. “O que sinto no meu filho é uma constante angústia com coisas que ele não deveria se preocupar, como o convívio com outras crianças”, conta a artista plástica Juliana Ali, de 41 anos.
A dificuldade de interação social, muitas vezes confundida com birra ou timidez, é uma das principais características do autismo, transtorno que afeta Téo e outras milhares de crianças no País e que, atualmente, é alvo de dois estudos que buscam uma abordagem terapêutica inédita para o problema.
As novas linhas de pesquisa apontam para a possibilidade de que o cérebro do autista produza substâncias em desequilíbrio e que isso poderia ser corrigido com medicamentos. Nenhum dos estudos indica ou promete cura, mas revela novos caminhos de tratamento associados às terapias comportamentais já indicadas. Hoje não há remédios específicos para o Transtorno do Espectro Autista (TEA), apenas drogas para atenuar sintomas relacionados, como irritabilidade ou insônia.
Um desses estudos obteve em fevereiro autorização da agência de vigilância sanitária americana, a FDA, para ter seus testes avaliados pelo órgão de forma prioritária, dada a inovação do trabalho e o ineditismo da droga proposta. Desenvolvida pela farmacêutica Roche, a pesquisa identificou que a vasopressina, um dos hormônios associados ao medo, funciona de forma diferente nos autistas, prejudicando a interação social. “A droga tem o objetivo de promover um reequilíbrio e, como consequência, mudar a performance na parte do cérebro responsável pelas emoções, onde o hormônio atua”, diz o diretor médico da empresa no País, Lenio Alvarenga.
Pessoas diagnosticadas com autismo têm quadros muito diferentes, pois o transtorno tem espectro amplo. Há desde casos leves, nos quais o paciente é independente e se comunica, como Téo, até os mais severos, em que a comunicação não é verbal e o contato físico, evitado, mesmo com os pais. Por enquanto, a droga da Roche está sendo testada em autistas com quadros de leves a moderados.
Alvarenga diz que o remédio em desenvolvimento, administrado em comprimidos, já foi testado em 200 pessoas com TEA nos Estados Unidos. Segundo ele, os resultados indicam que o medicamento inibe a ação da vasopressina e, por isso, auxilia na interação e nos chamados comportamentos adaptativos do dia a dia, que envolvem comunicação e habilidades motoras.
Apesar de o medicamento estar entrando na fase 3 de testes, a última antes do pedido de registro, a Roche não arrisca estipular um prazo para que a droga esteja disponível no mercado.
Sinapses. Ainda em fase inicial, outra pesquisa relacionada ao desequilíbrio de uma substância no cérebro dos autistas também traz expectativa. Desenvolvido pela Universidade de São Paulo (USP), o trabalho aponta que pessoas com o transtorno produzem em excesso uma citocina específica – a interleucina 6. Segundo a responsável pelo estudo, a neurocientista Patrícia Beltrão Braga, do Instituto de Ciências Biomédicas, a substância é tóxica e, em alta quantidade, capaz de reduzir o número de sinapses pelos neurônios.
“Bloqueamos a produção em excesso e conseguimos resgatar o número de sinapses e sua funcionalidade. O ensaio mostra que há uma neuroinflamação no cérebro dos autistas, e ela é provocada pelos astrócitos, que são células que sustentam os neurônios”, diz Patrícia, que fez os testes em laboratório com base na produção de neurônios derivados da polpa de leite de indivíduos com autismo.
A vantagem da descoberta, segundo ela, é que já existem drogas capazes de bloquear a ação da IL 6 e, dessa forma, eliminar essa neuroinflamação. Se a pesquisa avançar, não seria preciso desenvolver um novo medicamento, apenas ampliar o uso dos existentes.
Para os pais de autistas, medicamentos que melhorassem, ainda que parcialmente, a interação social das crianças seriam um grande avanço. “Sou muito cuidadosa: primeiro vem o conforto e o bem-estar do meu filho. Mas também sou muito corajosa. Cercada de garantias de que não fariam mal, eu estaria disposta a testar novos mecanismos que pudessem tornar a vida dele mais tranquila e feliz. Seria minha maior alegria”, diz Juliana.
RAIO X DO AUTISMO
O que é
É um transtorno do desenvolvimento com três características: dificuldades de interação social, atrasos de linguagem, e comportamentos restritivos e repetitivos.
Como identificar
Os sintomas mais comuns podem ser notados nos primeiros meses de vida e variam muito de uma pessoa para outra: a criança mantém pouco ou nenhum contato visual com os pais; não brinca de forma funcional; não demonstra interesse por outras crianças; prefere a companhia dos adultos; não responde pelo nome; faz movimentos repetitivos; tem interesses restritivos; não lida bem com alterações na rotina; é capaz de aprender a falar, mas com atraso e muitas vezes com dificuldade de pronúncia e entendimento.

Diagnóstico
É clínico, baseado no comportamento. Neuropediatras e psiquiatras infantis são os mais indicados. Como se trata de um espectro amplo, cada caso tem um grau de comprometimento. Autistas de alto funcionamento (como os com síndrome de Asperger) podem se desenvolver e alcançar a independência. Nos casos mais severos, a criança pode tornar-se agressiva e viver isolada.

Incidência
Estima-se que uma criança a cada 68 tenha o transtorno.

A causa
Existe uma gama variada de causas, sendo as mais aceitas as genéticas, biológicas e ambientais.

O tratamento
Só há remédio para os sintomas associados, como hiperatividade. O mais recomendado é a terapia comportamental e ocupacional, além da fonoaudiologia.  

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ADVERTÊNCIA;
A vigilância não pode ser afrouxada. Jornal Extra de 
                                                                  12_02_2021.

 

 
 
 
 
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ASSISTA:
 
Sergio Thiessen falando sobre o assunto:
 
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Assista também:
 
 
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DIVALDO FRANCO 
 
 
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15 comentários:

  1. Olá, buscando informações sobre Autismo sob a visão espírita, encontrei esse blog e adorei tudo que li. Meu filho é Asperger, uma forma bem mais branda de autismo. Todas as explicações acima também se encaixam nesse diagnóstico? Obrigada

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  4. Oi André Peleteiro,
    não é exatamente conforme vc está afirmando, mas sim consequência da Lei de Causa e Efeito, também conhecida como Lei do Carma, sobre a qual há incontáveis publicações, porém posso recomendar ao irmão a leitura do livro "Ação e Reação" de autoria espiritual de André Luiz, recebido na psicografia por Chico Xavier, cuja leitura esclarece esse mecanismo sob o qual todos estamos submetidos. Posso afirmar sem medo de estar errado que somos nós mesmos que nos "castigamos", para usar o têrmo que o irmão utilizou, mas na verdade existem leis maiores que colocam a individualidade em patamares superiores ou inferiores, dependendo de como ela se condiciona frente aos ensinamentos que as leis de amor, trazidas por Jesus, porém já existentes, porque cada ato que arranha essas leis imediatamente fica gravado na intimidade da individualidade e ser-lhe-á apresentado em momento oportuno... aliás, sobre isto, já também existem muitas publicações mencionando experiências de quase morte, onde os que as experimentam acaba mudando o modo de viver, quando percebem que lhes foi concedida nova oportunidade e que por um motivo ou outro não conseguiam perceber o modo certo de agir em relação à vida, ao próximo, ao egoísmo e a exercer o amor incondicional. Permito-me, também, recomendar a leitura do livro " O Céu e o Inferno, que faz parte da Codificação Espíritual. o,s, estes dois livros são facilmente encontrados na internet.

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    1. Perfeito o seu esclarecimento Eduardo Franco. É necessário conhecermos as leis divinas para entendermos à nós mesmos e dessa forma, as consequências dos nossos atos.

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  5. Eduardo Franco,fui direcionada a trabalhar com uma criança,não autista,mas logo a mãe deu a luz a outra,esta autista...embora estudando,mas o laboratório em sí,na convivência,foi de uma riqueza sem precedência,incalculável...via a família mover céus e terra para aquele filho...e ainda movem...só quem convive com uma criança,um Ser assim poderá avaliar...ele hoje,com 9 anos,é um belíssimo menino,q vai á escola,faz atividades direcionadas mas também as suas próprias,posso afirmar,ele hoje é uma criança feliz,com sua família,e todos que convivem com ele por certo,saíram bem melhores que entraram na vida dele...Amor,paciência,paciência,paciência,Amor,Amor...eis os ingredientes primordiais.

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    1. Lene, desculpe demorar a responder. Realmente, o que a irmã está relatando é um demonstrativo de que esses irmãos que receberam o filho na condição de autista entenderam a mensagem do exercício do amor incondicional.

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  6. Um alento este texto, seja la como for... porque me ajuda a compreendet melhor as razões do meu sofrimento, e as perspectivas animadoras de futuro. Sou portadora de Asperger em grau, digamos, moderado. E tudo quanto mais me lembro da minha infancia foi o intenso e tantas vezes violento desamor da minha mãe, e indiferença covarde do meu pai. Fechando os olhos e os ouvidos ao meu sofrimento - tenho tanta pena deles pela oportunidade perdida, todos nós, digamos assim, perdemos a viagem como família. Mas quando observo o exemplo de outros pais que receberam a "carga extra" e tratam seus filhos com empenho e amor... eu me encho de esperança e fé, porque SEI, eu vejo que aquelas crianças nao vão passar o que passei, suas cabeçadas na vida não serão sentidas, devido a esta grande maravilhosa "cura" do amor. E fico até feliz, pra mim é um consolo que esta dolorosa enfermidade da alma não seja mais tratada com o desrespeitoso deboche que era no meu tempo de escola. É uma boa noticia em meio a este mundo cheio de más noticias que estamos vivendo.

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    1. Minha irmã, perdoe não responder antes porque eu estive impossibilitado. Nosso Pai Maior permite que passemos por caminhos diferentes e personalizados e nossa caminhada de volta ao nosso verdadeiro lar. Se estamos na condição atual, tenha certeza que não é um castigo, porque QUEM AMA NÃO CASTIGA e ELE nos ama e exatamente por isto, mantém irmãos trabalhadores no plano espiritual, nos departamentos de reencarnação que tudo fazem para que possamos readquirir todos os requisitos que permitem o exercício do amor incondicional. O caminho mais reto para a Casa do Pai é o exercício do Evangelho, a conscientização de que estar na matéria é uma fase e que nossa verdadeira vida é junto de nosso Pai Maior e, que ELE VÊ A SEUS FILHOS DE FORMA IGUAL. Se vemos o exemplo de JESUS, de FRANCISCO DE ASSIS, apenas para mencionar estes dois, nos orientando exatamente como proceder, é mais um demonstrativo da bondade de nosso Pai que nos mostra e permite que vejamos estes exemplos e nos espelhemos neles. Entretanto, a caminhada é longa e apesar das moradas do Pai serem muitas -e nosso corpo físico é uma delas - não é possível um mundo para cada necessidade que atenda as individualidades, até mesmo porque se todos fossem iguais, é provável que convivendo juntos, o progresso não fosse tão acelerado e infelizmente constatamos que muitos dos que aportam em lares trazendo quaisquer tipos de condição diferenciada muitas vezes não tem nada a ver com a individualidade que apresenta essa necessidade, mas, sim, que ela é uma ferramenta para evolução da família onde está.

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  8. Gostaria de saber o que ocorre, segundo o ponto de vista espiritual, com aqueles cujo autismo não é severo, antes conhecidos como aspergers. Eles possuem limitações, porém interagem normalmente, sem perda cognitiva. O sofrimento de um aspie é profundo na medida em que ele é levado a desejar e tentar reproduzir comportamentos dos neurotípicos, falhando em grande parte dessa reprodução devido ao seu déficit, causando ansiedade, depressão e sentimento de inadequação. Como se explicaria essa "meia rejeição" ao mundo segundo o espiritismo?

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  9. MadMask, demorei a responder porque também não sei informar com certeza; se respondo é para que não fique em suspenso como se não tivesse consideração com a vossa dúvida. O que posso adiantar com certeza é que tanto o autista em qualquer grau como o asperger requerem atenção, carinho, dedicação e muito amor, além de, não se pode deixar de mencionar, que os familiares busquem se preparar para interagir com esse irmão que chegou ao seus lares.

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  10. Muito bom o texto. Obrigada. Gostaria de saber mais sobre asperger adulto.se alguem puder me ajudar... Obrigada

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